quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A última coisa

Não sei quantos acompanharam os noticiários ontem e ficaram a par da revolução climática que aconteceu em SP. Eu não li jornal nem revista, não vi TV e muito menos ouvi o rádio. Fiquei foi presa em um aeroporto sem nem saber do que rolava em nossa capital financeira...

É, resolvi passar o feriado em MG e rever alguns familiares e amigos depois de quase 3 anos sem pisar em solo mineiro. Valeu tão a pena! Foi um tempo muito gostoso e agradável.

Papai, querendo o melhor, me sugeriu gastar umas milhazinhas em vez de ir de ônibus: seria uma maneira mais rápida, fácil e eu não teria que enfrentar um ônibus lotado numa estrada escura e esburacada de madrugada. Adorei a ideia.

Mais rápido com certeza não foi. Nem na ida, nem na volta. Mas apesar de tanta demora, a ideia de nuvem em vez de buracos me parecia muito atrativa e compensadora.

O que eu não sabia era que essa história toda ia me ensinar uma bela lição...

Depois de 6 horas de espera no aeroporto de Uberlândia, era hora de embarcar pra Congonhas e pegar outro voo pra BSB.

Agora, imaginem: chuva até dizer chega + pista curta de Congonhas + avião super velho das épocas de Varig + noite + cansaço (meu, não do piloto) +... sei lá o que mais... = explosiva combinação que me fez, pela primeira vez, ter medo de voar.

Sincera e seriamente, pensei que minha hora estava prestes a chegar. Orei durante todo o voo, mas estava apavorada. Será que realmente eu iria morrer de acidente de avião? Oh Deus, não... uma morte melhorzinha, por favor.

Depois de alguns minutos orando, tentei desviar meus pensamentos dessa dúvida sobre o meu destino nos próximos segundos e comecei a refletir sobre o que eu realmente faria se eu soubesse que em alguns minutos, quando pousássemos, o avião fosse colidir com alguma coisa. O que eu faria se esses fossem meus últimos minutos de vida????

Tive absoluta certeza de que queria que meu celular funcionasse. Queria poder ligar pra algumas pessoas e dizer o quanto as amo. Para umas, eu reiteraria meu já declarado amor. Para outras, seria a primeira vez que eu me expressaria verbalmente nesse sentido.

Agora, por que será que esperamos a vida passar pra no último minuto agradecermos, amarmamos, apreciarmos àqueles (e aqueles, pq nem todos esses verbos são VTI! hehehe) que merecem ser amados durante toda a nossa existência??

Hoje eu quero encorajá-lo, ao compartilhar essa experiência, a expressar o que você sente, o que você pensa. Não deixe o orgulho ou mesmo o ativismo te impedirem de dizer um "eu te amo". Não deixe o egoísmo roubar você da companhia dos seus queridos. Não deixe as coisas tomarem o lugar das pessoas.

A vocês, leitores fiéis, expresso hoje minha gratidão por sempre prestigiarem meus textos.

A Deus, meu amor e gratidão também, por essa lição ensinada em um momento onde o medo tentou me dominar.

Obrigada!

4 comentários:

  1. Bem escrito e elaborado! Sounds like you, hihihih...
    xero, amiga!
    E... amo você! ;D

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  2. Concordo com o comentário acima. Muito bem escrito!
    É, eu perguntei a Pris de ti...ela disse que tu estavas viajando! hehe
    O nome desse blog realmente faz jus a ti.
    Obrigada por mais uma lesson compartilhada.
    beijoca

    ah, saudadeeeeeeeeeeeeeeee !

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  3. eita minha filha tava com medo de morrer........kkkkkkkkkkkkkkkkkk
    brincadeira...muito boa a relfexao......dramatica mas.............
    bjus
    teamo gorda

    edna

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  4. Muito edificante sua reflexão filha, dá uma tremenda pregação. Amei demais. Te amo filha e obrigada por se deixar ser usada por Deus pra abençoar-nos com estas reflexões maravilhosas. Bjs.

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