domingo, 28 de setembro de 2008

Minha aventura com o TOEFL: o que a graça de Deus tem a ver com isso?

Ontem eu tive uma oportunidade grande de refletir sobre a graça e a misericórdia de Deus... É incrível como às vezes Ele nos prova, permite que coisas que você nem entende aconteçam para que a misericórdia dEle seja manifesta e toda a glória vá pra quem deve ir.

Fiz o TOEFL. Finalmente... Mas a questão é que: tudo de ruim que poderia acontecer nessa prova aconteceu!!! (Preciso contar com detalhes, porque minha mommy gosta de detalhes! hahaha)

A prova começava às 10h e eu tinha que chegar às 9h. Okay. Acordei antes das 7h de tão nervosa e não dormi mais. Às 9h em ponto eu estava lá, no Lago Norte, na porta do CNA, debaixo dessa chuva boa que tem regado Brasília.

Esperei, esperei. Deu 10h. Chamaram o nome de Breno pra subir. Eu pensei que eles poderiam estar seguindo alguma ordem alfabética e fiquei quieta, esperando chamarem o meu. 10:05h, 10:10h, 10:15h. "Moça, tá acontecendo algum problema??", um menino inconformado perguntou pra recepcionista. "Ah, não sei não". "E quem é que sabe??? Já são 10:15h e estamos perdendo tempo!!". Aí Breno aparece e me diz: "Tá dando problema no sistema e eles não conseguem colocar a prova pra funcionar". Parece que foi a chuva que caiu durante a noite toda.

Mais de duas horas de espera e... nada!! Eu já tava azul, roxa, amarela, todas as cores de fome. Comi minha barrinha de cereal que deveria ser para o intervalo da prova. Às 12:30h, mais ou menos, quando decidi que ia sair e ir num posto de gasolina que tem lá perto pra comer, a professora pergunta: "Késia? Quem é Késia? Vem, vamos tentar colocar a sua prova". E não é que ela conseguiu????

Comecei a fazer a prova antes dos outros. O problema é que depois da confusão toda, a professora parece que ficou meio desnorteada. Ela deixou todo mundo ficar dentro da sala, numa bagunça, numa zoada... Um horror! Eu tentava ler, mas me desconcentrava. Pedi pra fechar a porta, pro pessoal fazer um pouco de silêncio. Inútil esforço. Estava com tanta fome, tão cansada, meio estressada com essa desorganização e nervosa com o tamanho e a complexidade daquele texto. O texto que li na simulação era a metade desse!!! Eram cinco parágrafos falando sobre os Harappans e sua escrita nas cavernas que ainda nem foi decifrada. Ai, ai...

Ok. Consegui responder apesar do estresse, da pressão psicológica que aquele contador de minutos tava fazendo em mim. Quando cheguei no terceiro texto, aliviada pensei: "Que bom, acabou o reading. Agora vamos pra uma parte mais fácil. Gosto de listening." Aí é que me enganei. No reading, as questões são meio que sorteadas pro dia e pode-se fazer entre 3 e 5 textos. E depois de tantas batalhas, fomos premiados com o máximo de textos. Eram cinco passagens longas e complicadas. Uma até falava de evolução das briófitas!!!

Após mais de duas horas de prova, tive 10 min de intervalo. Comi a metade de uma manga, que eu tinha levado cortada. (Graças a Deus!) Só que eu levei esse lanchinho, porque achava que ia ter intervalo lá pelo meio-dia e que às 2:30h já estaria indo pra casa, feliz e contente, para almoçar. Mas quando abri meu potinho de manga eram 15h!!!!! A professora falou que eu poderia pegar qualquer coisa na lanchonete sem pagar (pelo menos, né!), mas me explica que lanchonete é essa que só tem chiclete, bala, chocolate e refrigerante???

Voltei para a sala faltando 10 segundos pro meu intervalo acabar. Ia começar a parte de speaking. E era essa a que eu mais temia. Pra mim, ter 15 segundos pra pensar em uma resposta e 45 segundos pra respondê-la é simplesmente impensável. Eu estava tremendo de nervosa. Não estava respondendo bem. E outras pessoas já estavam também nessa parte, então, estávamos em três fazendo o speaking. Aí, quando um tava respondendo, me atrapalhava porque é todo mundo na mesma sala, com um fone no ouvido e um microfone. Mas o fone, por mais que diminua, não isola o barulho ao seu redor... (Okay, deu pra perceber que essa foi a parte mais estressante). Mas como não bastasse, meu computador, no meio de uma das questões, simplesmente desligou!! Aí, sim, bateu o desespero. Chamei a professora e foi mais outra novela pra conseguir ligar o computador e colocar de novo a prova pra mim. Eu perguntei pra ela: "Vou ter começar tudo de novo???" (Afinal, faltava só uma hora pra acabar) e a resposta dela foi bastante segura: "Não sei! Mas se você tiver que começar de novo, eu me mato e você também!". Não, mãe, não se preocupa porque eu não ia fazer isso! heheheeheh... O resultado foi que ela conseguiu habilitar minha prova de novo e eu voltei pra questão em que estava. Ótimo.

Chegou a parte do writing. Eram duas redações: 20 min para uma e 30 para outra. Essa é minha parte preferida. Eu adoro escrever, fazer redação. E até que dei uma boa treinada essa semana. (Não posso deixar de agradecer à Elizabeth e ao Otávio por corrigirem meus textos! Obrigada mesmo!) Eu já tinha parado com a tremedeira e estava calma, segura. Se não fosse por uma criatura sentada do meu lado, que estava começando o speaking beeem naquela hora!!! E eu não sabia de onde ele tirava tanto empolgação pra falar tão alto! E eu tentava ler o texto, depois me concentrar na palestra pra poder pegar os pontos-chave pra redação, mas era bastante difícil. As respostas dele eram totalmente audíveis, estando eu com meus fones ou não, e concentração se tornou um alvo cada vez mais impossível. Mas, ok. Consegui escrever as duas redações até que o limite do tempo acabou e pronto. Levantei e ao dizer: "I'm done" para a professora, parecia que o mundo tinha descido das minhas costas.

O povo lá no CNA, que tava fazendo a prova comigo, tava falando que era a Lei de Murphy, mas eu não acredito nela. Eu acredito em Deus. E sei que Ele estava vendo, permitindo, acompanhando tudo isso.

Na terça-feira, eu tinha feito a simulação na casa da Risselma. Os textos eram menores, o silêncio era absoluto e eu até podia beber água enquanto respondia. E acabei tirando 10 em tudo nessa simulação. Mas, como eu disse ontem "os fatores contingenciais" foram fortes ontem. E por quê??

Porque, provavelmente, se tudo estivesse tranqüilo e calmo, se a prova tivesse começado na hora, se eu estivesse bem alimentada, se as pessoas ao meu redor estivessem falando mais baixo... se as condições estivessem perfeitas, como na terça, eu provavelmente me concentraria e iria atrás da minha habilidade, da minha capacidade. E se o meu resultado fosse bom, por mais que eu tivesse (como tenho) a intenção de sempre dar toda a glória a Deus, eu sei que no meu coração, eu poderia pensar: "Eu sei que a glória é de Deus... mas eu também sei que meu inglês é muito bom... que meu inglês é isso, é aquilo... que eu sou isso ou aquilo...". Não é assim que eu quero que as coisas sejam feitas.

Por isso, eu sei que o Senhor permite que essas coisas aconteçam para que diminuamos, para que saibamos que nós somos limitados e pequenos e que de nós mesmos nada podemos fazer. Para que tenhamos certeza de que se a graça de Deus não nos alcançar, nós não seremos capazes. E é essa a certeza que lateja no meu coração hoje. Sei que se depender de mim, do meu conhecimento, da minha habilidade de responder uma prova, eu não conseguirei a nota que preciso. Mas o Senhor é poderoso e gracioso. Tudo está debaixo de seu governo. E agora, só me vem à mente aquela música veeeeelha, que mamãe adora:

"É meu, somente meu, todo o trabalho e o teu trabalho é descansar em mim"

Ah, e desculpe o post tão longo. E obrigada se você tiver lido até aqui. Espero que essa experiência tenha te abençoado!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Por um novo propósito

Depois de mais de um ano, finalmente consegui voltar a escrever! Ufa! Já tinha tempo que queria fazer isso, principalmente no último mês, quando me senti num total deserto, tão triste, tão saudosa da minha família... eu sei que precisava escrever, mas não o fiz! Agora, retorno (ou pelo menos tento retornar) à vida de blogueira, mas de uma forma diferente.

Na verdade, eu já tive uns 3 blogs... desde aqueles coloridinhos, que eram quase que uma obrigação para as garotas de 15 anos na minha época ("o quê? Você não tem um blog? Que mundo você vive??" - era mais ou menos assim...), até um mais profundo (este aqui), que marcou parte da dor do crescimento acelerado que enfrentei nos últimos dois anos... Cada qual foi bastante importante pra sua época - e creio que esse aqui também vai ser.

Então, como boa administradora que serei (hehehe), vamos à declaração de missão do blog! (Não, não precisa se assustar... pensando bem, eu não vou fazer uma declaração formal! Meus leitores não merecem isso!) Sem mais prolixidades, é bom deixar claro (pra mim mesma também) que esse espaço será utilizado pra contar e, principalmente, registrar o cuidado de Deus na minha vida enquanto vivo em Brasília sem minha família. O Senhor tem sido bom demais comigo e muitas vezes eu nem reconheço isso... É por isso que quero compartilhar tudo o que Ele tem feito e também manter a family totalmente 'up-to-date', já que não é sempre que nos falamos...

Também fui bastante encorajada ao ver o site da tia Taty,uma maranhense que acabei de descobrir online. E posso dizer que fiquei orgulhosa de sermos conterrâneas. Ela compartilha materias muuuuuuuito legais, úteis e interessantes para o ministério infantil e abençoa muitas vidas (inclusive a minha, a partir de hoje) através de seu blog. Achei tão legal que pensei: "Por que eu também não poderia usar o meu pra abençoar as pessoas?". E é isso o que pretendo fazer. Ainda não sei como, mas espero que funcione.

Ultimamente tenho experimentado muuuuuuuita graça e muuuuuuito favor de Deus. Algo que chega a ser impressionante e inacreditável e é sobre isso que vou falar no próximo post.

Depois coloco o tal do "Web Design" em prática e desenvolvo um template mais criativo pra isso aqui... Coisa pronta assim é muito chaaaato, né!

Pai, mãe, Talita, Sarah e Isah... S-A-U-D-A-S!!!! Love you!

Um dia bem abençoado!