terça-feira, 25 de maio de 2010

Saudade, saudade, saudade... pra quê você existe?

Pra quem me conhece de verdade, dois meses sem postar podem significar muita coisa. Talvez, para um leitor ávido é simples sinal de negligência à sua visita e por isso, peço desculpas por tanta demora.

No mês passado fiz uma visita bastante especial à mais nova integrante da família: senhorita Anna Banana (sim, o apelido fui em quem criou e já pegou!). Ela é linda, singela, fofa, cheirosa, gostosa, esperta e tudo mais que uma tia coruja poderia esperar e desejar. Valeu tanto a pena! E não só pela Anna, mas por toda a família. Fazia mais de 3 anos que não nos juntávamos, os seis: papai, mamãe, eu, Talita, Sarah e Isaac. Foi, com toda a certeza, um grande presente de Deus.

Mas aí, chegou o dia de voltar e a tristeza bateu forte. Voltar pra quê? O que é mesmo que estou fazendo no Brasil?? A nostalgia foi geral e ninguém conteve suas lágrimas no dia do meu retorno... Foi muito, muito "sad", como diria o Isaac.

Daí, passados 20 dias do meu retorno, chega o dia de comemorar mais um aniversário e aquela tristeza proveniente do saudosismo tomou conta de mim de novo. Já comecei o dia chorando, chorando, chorando...

E com tantas emoções em menos de mês eu reservei uns minutos pra pensar nessa tal saudade. Numa vida nômade a saudade é simplesmente inevitável. Então, se não se pode destruí-la, é preciso aprender a conviver com ela...

Indo mais fundo, me lembrei de um teste que fiz sobre as cinco linguagens do amor. Pra quem nunca ouviu falar, um psicólogo cristão americano chamado Gary Chapman escreveu esse livro há muitos anos (talvez até mais que uma década) explicando sobre cinco principais linguagens de amor que ele acredita que nós falamos. Para ele, um dos segredos para um relacionamento bem-sucedido é descobrir que linguagem a pessoa com quem estamos nos relacionando fala e deixar que ela saiba a nossa. Só assim podemos compreender que dizer "eu te amo" pra quem fala uma linguagem de "atos de serviço" não significa quase nada se comparado a levar o lixo pra fora ou ajudar a arrumar a casa. As cinco linguagens são: palavras de afirmação, atos de serviço, tempo de qualidade, toque físico e proximidade, dar e receber presentes.

Há uns 2 anos, quando eu estava bem interessada no assunto, fiz o teste e descobri que a minha linguagem primária é "tempo de qualidade" e depois "toque físico". Refiz o teste essa semana e continuo a mesma Késia de 2 anos atrás...

Ok, mas o que é que isso tem a ver? O que tem a ver é que depois que pensei nas linguagens de amor é que descobri porque eu sofro tanto com a saudade. Às vezes, é possível dar e receber "palavras de afirmação" e "presentes" à distância, ou mesmo "servir" alguém. Dependendo da pessoa, um tempinho num chat, msn, gtalk ou telefone também pode significar "tempo de qualidade", mas "toque físico" à distância é totalmente impossível. Ainda não inventaram um abraço virtual.

E por isso é que eu sofro, sofro com essa saudade avassaladora... e não é só saudade da família ou de quem mora a milhares de quilômetros de distância... é saudade de quem se foi e não volta mais... de quem está perto, mas tão distante... de quem um dia era, mas não é mais...

Saudade de gastar tempo conversando, passeando, comprando, brincando, ouvindo música, lendo, fazendo nada, tocando... Saudade de abraçar, beijar, andar de mãos dadas, encostar a cabeça no ombro...

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Faz tempo que falei que o intuito desse blog é sempre escrever palavras edificantes e não ficar contando historinhas da minha vida que não farão diferença alguma pra quem lê... E é depois de fazer esse desabafo todo que eu prentendo finalizar o texto com um encorajamento recorrente:

Vamos buscar a fonte que sacia a saudade, a carência, a necessidade. Quanto menos dEle nós temos, mais difícil fica enfrentar qualquer tipo de adversidade, seja ela pequenininha ou não. E eu sei que a razão de um aumento tão grande na intensidade da minha dor é justamente porque eu tenho me deixado levar pelo desânimo, falta de força, de coragem, de fé, de vontade.

Eu quero dar um basta nisso e convidá-lo a fazer isso também. Vamos nos esforçar, prosseguindo para o Alvo, falando nossas linguagens de amor para Ele. Se a minha é "tempo de qualidade", então nada mais óbvio que reservar tempos especiais com o Senhor para expressar a Ele meu amor e gratidão.

Pra quem quiser fazer o testezinho, eu achei um em inglês que é em .asp, então é mais prático. Mas se vc digitar "cinco linguagens de amor teste" no google vai achar uns sites que têm os testes manuais mesmo (você tem que ter um papelzinho e contar sua pontuação), mas com a mesma validade, eu creio.

Desculpem novamente a demora em postar. Prometo que vou tentar (de novo) ser mais frequente. E por favor, orem por mim nessa fase de extrema carência e saudosismo!

Ah, aí vai uma foto da Anna Banana pra vcs babarem...


Obs.: MUITO OBRIGADA, de verdade, pelos emails, scraps e telefonemas ontem. Foram muito especiais!