sábado, 27 de novembro de 2010

Agradeça!

Na última quinta-feira, comemorou-se, nos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day). Apesar da controvérsia a respeito da origem da data, discutida e atrelada a outros aspectos curiosos pelo Georges essa semana, aproveitei os últimos dias para refletir sobre a gratidão.

A palavra de Deus é bem clara a esse respeito, dizendo que devemos dar graças ao Senhor em todo tempo  (I Te 5.18) porque Ele é bom (I Cr. 16.34) e justo (Sl 7.17). Contudo, é fácil esquecermos a orientação do nosso Pai e sairmos por aí murmurando, desonrando, reclamando, achando que tudo poderia ser bem melhor do que já é etc, etc, etc...

Sim, somos muito ingratos! Mesmo quando temos no coração a gratidão, nossas atitudes chegam a demonstrar o contrário e escondem a beleza de uma alma agradecida.

Nesses últimos meses, meu início de carreira acadêmica tem sido bastante sucedido, com realizações que nunca eu poderia pensar que teria há um ano. E às vezes, eu me pego lembrando de tudo o que passei pra chegar até ali... De como foi difícil estudar estando sozinha em BSB, me mudando a cada semestre... E aí eu me lembro de cada casa que morei e o quanto eu aprendi em cada uma. Eu me lembro das famílias que gentilmente cederam não apenas um quarto, mas um lar. Abriram mão de sua privacidade para que eu tivesse a minha. Trataram uma estranha como parte de sua família... Quanto cuidado do meu PAI!

Depois de refletir e relembrar, resolvi expor minha gratidão a essas famílias ao mesmo tempo em que me retrato, em perdão, pelo não reconhecimento de tudo o que fizeram por mim. Meu coração sempre foi cheio de gratidão, mas várias vezes minhas atitudes expressaram o contrário.

Com Vital e Ruth, aprendi a importância da dependência de Deus; com Hudson e Risselma, a grandeza de servir; com Aaron e Elizabeth, descobri o que é buscar a Deus com diligência; com Peres e Bethania, aprendi a amar em família; com tio Isaías e tia Rosa, a acolher sem barreiras. Com cada família, com cada diferença, com cada rotina, eu vi a mão de Deus me preparando para o que estava por vir. Vi o Senhor me ensinando e mostrando seu cuidado, amor e paciência. E, hoje, posso dizer que nesses três anos, juntei um baú com tesouros vindos de pessoas peculiares.

Quero, assim, deixar registrada a minha eterna gratidão a estas famílias preciosas e ao Senhor Jesus, por nada me deixar faltar.  MUITO OBRIGADA!!!

O Dia de Ação de Graças passou, mas a oportunidade para agradecer está aí todos os dias e enxergá-la faz parte de um delicioso amadurecimento. Agradeça!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Espere pelo abacate!

Todos esses dias sem postar me deram espaço para pensar bastante sobre o que eu falaria aqui de novo. Meu último post foi meio um desabafo sobre a saudade que eu sentia de pessoas, situações, épocas e não acho que foi edificante, fugindo à proposta do blog.

Por isso, me permiti algum tempo de reflexão (e de mudança no visual do blog também) no sentido de reforçar a ideia de ter um instrumento virtual que abençoe, edifique o leitor. E foi aí que me veio à memória a história do abacate...

Estes dias, nosso vizinho deixou que pegássemos um monte de abacates no pé abarrotado da casa dele. Eu AMO abacate e fiquei animada... comi amassado, na vitamina, com granola, puro e fiz até sorvete. Tudo tão gostoso, tão bom que eu já não lembrava do gosto amargo que o abacate pode ter...

Há vários meses, mais ou menos um ano, quando eu ainda morava com meus últimos anfitriões, tive uma experiência com um abacate que muito me ensinou sobre a vida.

Os donos da casa foram à feira e trouxeram abacates. Eles estavam todos bem verdes e era preciso esperar dias para que ficassem bons. Sem o truque de enrolar no jornal ou num pano eu apenas esperei até que eles amadurecessem por conta própria. Todos os dias eu ia lá, dava uma apertadinha e decidia esperar mais um dia. Até que finalmente eu cansei... Apertei, apertei, apertei praticamente forçando a pobre fruta a estar madura e tive certeza de que aquela era a hora! Yes! Eu finalmente teria meu tão desejado abacate!

Dentro de mim, bem no fundo, eu sabia que ele ainda estava verde, mas dei total liberdade à minha teimosia, ignorando qualquer voz interior mais sábia. Peguei uma faca e pum! Parti-lo no meio. Quando peguei a colher para remover o caroço e a polpa, fui tão malsucedida*!! A polpa, grudada à casca, resistia a qualquer movimento. Tive que usar a faca para descascar o abacate. Pois é, alguém já ouviu falar que abacate se descasca? Nem eu.

A polpa geralmente cremosa e macia por conta do alto teor de lipídios da fruta estava dura e seca... O gosto era insuportável. Definitivamente, não dava pra comer amassadinho... E dando mais espaço ainda à minha teimosia pensei: "Se o garfo não consegue, o liquidificador consegue!" Bati o tal abacate e confesso que nunca tinha bebido um líquido tão ruim... Era amargo e azedo ao mesmo tempo, daqueles que travam a língua, sabe?

O resultado foi um belo e promissor abacate indo ralo abaixo, junto com meu imenso desejo de comer aquela fruta verdinha. Enquanto lavava o liquidificador, entendi que poderia aprender uma grande lição nisso tudo.

Nós temos muitos desejos no coração. Coisas sobre as quais sonhamos, mas que parecem que nunca vão se tornar realidade. Planos traçados que se enterram sob uma papelada de pendências e problemas... E nada nos resta a não ser esperar, esperar, com muita paciência.

Então, vem a tal ansiedade, a incredulidade e todas as suas parceiras insalubres e nos convencem de que, na verdade, não é preciso esperar tanto assim. Ora, se o que pedimos está tão perto, a palmos do nosso nariz, por que não avançar de uma vez??? Afinal, num mundo tão rápido, quem espera bobo é.

Mas é aí que damos de cara com o gosto amargo de um sonho imaturo, um plano abstrato, um desejo esvaído. Simplesmente porque não soubemos esperar a hora certa, a hora em que apreciaríamos cada parte deliciosa do que tanto esperamos. E talvez, pode ser que tenhamos perdido a chance e a estação dos abacates tenha terminado.

A Palavra de Deus nos dá claras evidências, bem como faz a nossa caminhada cristã, da incontestável fidelidade do nosso Pai. Se Ele fala, Ele cumpre, Ele faz. Jeremias fala assim:

Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança. Jeremias 29.11

Uma outra versão termina com "para dar-vos o fim que desejais". Aleluia! Deus é bom, Deus é fiel, Deus é perfeito. Ele trabalha em favor de seus filhos e sabe o tempo certo para que todas as coisas aconteçam.

Se você está no tempo de plantar e não de colher, de chorar e não de sorrir, de esperar e não de receber, alegre-se! O seu PAI tem um momento especial reservado só pra vc!!!


*Como se escreve? Hífen ou não????

terça-feira, 25 de maio de 2010

Saudade, saudade, saudade... pra quê você existe?

Pra quem me conhece de verdade, dois meses sem postar podem significar muita coisa. Talvez, para um leitor ávido é simples sinal de negligência à sua visita e por isso, peço desculpas por tanta demora.

No mês passado fiz uma visita bastante especial à mais nova integrante da família: senhorita Anna Banana (sim, o apelido fui em quem criou e já pegou!). Ela é linda, singela, fofa, cheirosa, gostosa, esperta e tudo mais que uma tia coruja poderia esperar e desejar. Valeu tanto a pena! E não só pela Anna, mas por toda a família. Fazia mais de 3 anos que não nos juntávamos, os seis: papai, mamãe, eu, Talita, Sarah e Isaac. Foi, com toda a certeza, um grande presente de Deus.

Mas aí, chegou o dia de voltar e a tristeza bateu forte. Voltar pra quê? O que é mesmo que estou fazendo no Brasil?? A nostalgia foi geral e ninguém conteve suas lágrimas no dia do meu retorno... Foi muito, muito "sad", como diria o Isaac.

Daí, passados 20 dias do meu retorno, chega o dia de comemorar mais um aniversário e aquela tristeza proveniente do saudosismo tomou conta de mim de novo. Já comecei o dia chorando, chorando, chorando...

E com tantas emoções em menos de mês eu reservei uns minutos pra pensar nessa tal saudade. Numa vida nômade a saudade é simplesmente inevitável. Então, se não se pode destruí-la, é preciso aprender a conviver com ela...

Indo mais fundo, me lembrei de um teste que fiz sobre as cinco linguagens do amor. Pra quem nunca ouviu falar, um psicólogo cristão americano chamado Gary Chapman escreveu esse livro há muitos anos (talvez até mais que uma década) explicando sobre cinco principais linguagens de amor que ele acredita que nós falamos. Para ele, um dos segredos para um relacionamento bem-sucedido é descobrir que linguagem a pessoa com quem estamos nos relacionando fala e deixar que ela saiba a nossa. Só assim podemos compreender que dizer "eu te amo" pra quem fala uma linguagem de "atos de serviço" não significa quase nada se comparado a levar o lixo pra fora ou ajudar a arrumar a casa. As cinco linguagens são: palavras de afirmação, atos de serviço, tempo de qualidade, toque físico e proximidade, dar e receber presentes.

Há uns 2 anos, quando eu estava bem interessada no assunto, fiz o teste e descobri que a minha linguagem primária é "tempo de qualidade" e depois "toque físico". Refiz o teste essa semana e continuo a mesma Késia de 2 anos atrás...

Ok, mas o que é que isso tem a ver? O que tem a ver é que depois que pensei nas linguagens de amor é que descobri porque eu sofro tanto com a saudade. Às vezes, é possível dar e receber "palavras de afirmação" e "presentes" à distância, ou mesmo "servir" alguém. Dependendo da pessoa, um tempinho num chat, msn, gtalk ou telefone também pode significar "tempo de qualidade", mas "toque físico" à distância é totalmente impossível. Ainda não inventaram um abraço virtual.

E por isso é que eu sofro, sofro com essa saudade avassaladora... e não é só saudade da família ou de quem mora a milhares de quilômetros de distância... é saudade de quem se foi e não volta mais... de quem está perto, mas tão distante... de quem um dia era, mas não é mais...

Saudade de gastar tempo conversando, passeando, comprando, brincando, ouvindo música, lendo, fazendo nada, tocando... Saudade de abraçar, beijar, andar de mãos dadas, encostar a cabeça no ombro...

............

Faz tempo que falei que o intuito desse blog é sempre escrever palavras edificantes e não ficar contando historinhas da minha vida que não farão diferença alguma pra quem lê... E é depois de fazer esse desabafo todo que eu prentendo finalizar o texto com um encorajamento recorrente:

Vamos buscar a fonte que sacia a saudade, a carência, a necessidade. Quanto menos dEle nós temos, mais difícil fica enfrentar qualquer tipo de adversidade, seja ela pequenininha ou não. E eu sei que a razão de um aumento tão grande na intensidade da minha dor é justamente porque eu tenho me deixado levar pelo desânimo, falta de força, de coragem, de fé, de vontade.

Eu quero dar um basta nisso e convidá-lo a fazer isso também. Vamos nos esforçar, prosseguindo para o Alvo, falando nossas linguagens de amor para Ele. Se a minha é "tempo de qualidade", então nada mais óbvio que reservar tempos especiais com o Senhor para expressar a Ele meu amor e gratidão.

Pra quem quiser fazer o testezinho, eu achei um em inglês que é em .asp, então é mais prático. Mas se vc digitar "cinco linguagens de amor teste" no google vai achar uns sites que têm os testes manuais mesmo (você tem que ter um papelzinho e contar sua pontuação), mas com a mesma validade, eu creio.

Desculpem novamente a demora em postar. Prometo que vou tentar (de novo) ser mais frequente. E por favor, orem por mim nessa fase de extrema carência e saudosismo!

Ah, aí vai uma foto da Anna Banana pra vcs babarem...


Obs.: MUITO OBRIGADA, de verdade, pelos emails, scraps e telefonemas ontem. Foram muito especiais!

terça-feira, 30 de março de 2010

Quanto vale?

Eu creio que faça parte do senso comum a certeza de que valorizamos mais aquilo que perdemos. Podem ser coisas, pessoas, relacionamentos, oportunidades... Basta perder para reconhecer que tínhamos algo precioso em mãos e desperdiçamos.

Por que será que isso acontece????? Por que nós não conseguimos enxergar, enquanto temos, o valor do que temos?

Eu nasci e cresci ouvindo um monte de histórias da bíblia, musiquinhas que falavam de Jesus, decorando versículos para as gincanas de EBD/EBF, aprendendo a me relacionar com Deus.

Contudo, há muita gente por aí que nem sabe do que eu tô falando. Gente que vive na incredulidade, tentando encontrar paz em si mesmo, na natureza ou no que quer que seja. Gente que vive na ignorância, que nunca ao menos ouviu falar de um Salvador que as ama. Gente que vive ansiosa, angustiada, procurando Deus em tudo o que encontra por aí, menos em Jesus.

Essas pessoas não possuem o bem mais precioso do mundo! Muitas vivem em busca de uma razão, de um preenchimento e têm, tantas vezes, suas buscas totalmente frustradas...

Mas nós não. Nós temos um relacionamento pessoal com Jesus. Nós falamos com Ele, perguntamos sobre o que Ele tem em seu coração pra nós, adoramo-lo com as mais belas canções, nos reunimos com outros crentes e reafirmamos nossa fé publicamente. Que privilégio, não?

Sim, é um grande privilégio. Mas é um privilégio ao qual não damos valor. Quantas vezes nós desprezamos esse amigo que está lá, sempre perto. Quantas vezes nós damos valor às coisas do mundo (porque não as temos) e nos esquecemos que o tesouro de Deus está bem aqui, dentro de nós?

Eu refleti nisso e pensei que eu não quero ser mais uma que não valoriza o que tem pra dar valor ao que já perdeu. Eu quero, todos os dias, reconhecer o valor de uma amizade com o criador do Universo. Eu quero reconhecer o valor de sua presença, de sua voz, de seu tempo para mim.

Meu encorajamento hoje é esse: valorize o que você tem! Não menospreze a vida cristã e a intimidade com o Todo-Poderoso. Isso é o que de mais precioso nós podemos ter!

E falando em valor, quero compartilhar com vocês um vídeo que fiz para homenagear todos os meus amigos. Alguns deles não aparecem aí simplesmente por não termos fotos juntos, mas isso não significa que não sejam especiais para mim.

Fiz o vídeo há uns 2 meses e não tinha tido a oportunidade de postar (tô sem meu computador há mais de um mês!!!), mas espero que vocês gostem. Eu demorei hooooras pra terminar!!!


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Martela, martela, martela!

Nos últimos meses, apesar das viagens, dei umas boas passeadas em Brasília e acabei andando por lugares onde eu quase nunca passo. E o mais interessante nisso tudo foi me dar conta do tanto de obra que estão fazendo nessa cidade. Impressionante!

Ouvi dizer que no mês de abril o nosso famoso governador vai inaugurar uma obra por dia (pra quem não sabe, essa farra toda não é só por causa do ano eleitoral. Brasília completa seus cinquentinha no dia 21 de abril) e essa história tem deixado os residentes do DF malucos com tanta terra, trator, cones, pistas reduzidas, desvios mal sinalizados, poeira, cimento e tudo o mais que é fruto de uma obra de grande porte.

Dizem que a tal da EPTG vai ficar ótima. Tão criando uma "Linha Verde" por lá que eu até agora nem sei do que se trata. Só sei que já ouvi diversos rumores de que o trânsito pra quem mora por aquelas bandas - e sofre diariamente! - vai dar uma boa melhorada. Mas enquanto a Linha Verde não fica pronta, quem passa por ali deve até se arrepender de morar tão longe. Uma pista que tem umas 4 faixas (ou 5? ou 3?), reduz-se, em alguns trechos, a uma única e apertada faixa ou a uma pista larga, sem divisão no asfalto, cheia de cones ao redor, onde ninguém sabe onde fica sua faixa. Os mais atrapalhados chegam a dançar pela avenida, como diria meu pai.

Ok, Késia. Mas pra que esse relatório de obras do DF????

A verdade é que nós também estamos em obra. A palavra diz:

"tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus" Filipenses 1.6

O Senhor começou sua boa obra em nós e cada dia a aperfeiçoará até que venha aquele o qual temos esperado. Isso significa que, sim, nós estamos em construção.

E construção não é uma coisa fácil. Não seria o máximo ter a "Linha Verde" da EPTG funcionando de um dia pro outro? E o tal metrô da W3?? E a reforma do Departamento de Administração da UnB??? Oooooh maravilha!

Mas não, não é assim que as coisas funcionam. Primeiro, é preciso planejar o que se vai fazer, que melhoria se deseja obter e, então, quebrar, arrancar, destruir, trocar, construir... E dá uma trabalheira! Um desânimo!

Eu mesma não gosto de obras. Me dá uma agonia que eu não sei explicar. Eu adoro chegar num lugar e ver que ele está novinho, bonito, arrumado. Presto atenção nos detalhes de pintura, decoração e acho tudo lindo. Mas ver a obra toda acontecendo não me agrada nenhum pouquinho... E acordar com aquele barulho de furadeira ou martelos quando o vizinho começa a reformar?? Pra mim não tem nada que incomode mais meu sono... Nem o temido ronco! Não gosto, não gosto, não gosto!

E talvez por isso, muitas vezes, eu não tenha muita paciência com a obra que o próprio Deus está realizando dentro de mim. Quero logo tudo pronto, tudo bonito, perfeito, arrumado. Quando alguma coisa quebra, dá errado, não encaixa e é preciso trocar, lixar, eu fico profundamente chateada e demoro pra aceitar. Ah, que bobeira minha! Isso só atrasa a tão temida construção!

A Bíblia também fala sobre vaso e oleiro, certo? Eu não sei nada sobre olaria, nada sobre vasos (tudo o que eu sei é o que vi em Ghost! hehehe), mas imagino que pra fazer um vaso perfeitinho, é preciso todo um cuidado, um trabalho de molde, de aperfeiçoamentos, de paciência e criatividade.

Quantas vezes eu me irrito ou não tenho muita paciência pras "quebradeiras" que Deus tem permitido acontecer na minha vida. Quantas vezes o barulho da martelada, a dor que uma furadeira bem no coração traz me fazem resistir à obra do Senhor em minha vida.

Não deixe seu coração virar um canteiro de obras parado, sem movimento. Permita que o Senhor venha e trabalhe, quebre, molde, melhore. Permita que ele aperfeiçoe a boa obra que já começou em você e deixe-se ser levado por aquele que já tem todo o planejamento, a planta, o orçamento e o cronograma prontinhos para a obra que está sendo realizada em sua vida!

Ah, essa semana tem um post curioso chamado "Confissões do diabo" no blog do Georges. Não é como esses que rolam pela Internet não... Achei muito bom e recomendo a leitura!!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O que você quer: seu caráter ou suas bênçãos?

Sentei aqui sem ter mesmo nada em mente pra escrever. Resolvi me arriscar a uma estimulante brincadeira com as palavras no intuito de tentar tirar algum proveito delas, mesmo quando estão assim, soltas ao vento.

Na maioria das vezes em que me encontro em semelhante situação - de total falta de inspiração - fico pensando se isso não é apenas um reflexo da falta daquele que inspira.

Obviamente, meus textos não são meros produtos da minha mente unicamente. A palavra de Deus diz que tudo vem dEle e tudo é para ele (Referência??). E tudo significa tudo, oras. Nada menos que isso. Vem do Senhor a inspiração para escrever, para compor, para viver.

Ele tem me abençoado tanto, e isso eu posso e tenho testemunhado aos que estão ao meu redor. Muitos têm percebido claramente (eu principalmente) o cuidado do Senhor na minha vida, no meu caminhar. Ele tem me guardado, me suprido, me protegido, me ensinado. Nunca estive sozinha durante esses três anos de vida nômade - e nem durante a minha vida inteira!

Mas agora eu não me satisfaço mais com suas mãos. É excelente ver como Ele pode facilmente nos abençoar, responder aos nossos desejos, realizar nossos sonhos... mas será essa a essência da vida cristã?

Por vezes, tenho buscado o que Ele pode me dar - e isso é tão natural que se torna imperceptível. Contudo, a busca por sua face é muito mais profunda, estimulante e, por que não dizer, difícil.

Nos últimos dias, me propus a fazer isso, a buscar o Senhor por quem Ele é e não pelo que pode me dar. E me senti como num campo de batalha. Minha mente foi extremamente atacada e meu ânimo parecia diminuir todas as vezes que chegava em casa, me fazendo não ter forças para buscá-lo...

Apesar dessas resistências, falei para o Senhor que eu não desisto. Que eu quero conhecê-lo mais intimamente e buscar sua essência, seu caráter, quem Ele realmente é.

Hoje eu deixo esse convite para você, leitor. Que durante essa semana, você renove sua aliança com o Pai e separe diariamente um tempo para se alimentar da Palavra e receber revelações sobre a pessoa do Senhor Jesus Cristo. Que sejamos vazios de nós mesmos e cheios daquele que era, que é e que há de vir, o autor e consumador na nossa fé.

Que foquemos na busca pelo seu caráter, por sua presença, sua revelação. E as bênçãos? Ah, elas correrão pra nos alcançar!!


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pratique a presença de Deus

Depois de um banho morno após um dia extremamente cansativo, me aquietei no quarto e comecei a ler o texto de hoje no meu livro de devocional (Life's Simple Guide to God: Inspirational Insights for Growing Closer to God, de David Bordon e Tom Winters).

E o quanto eu fui tocada com essa palavra! É uma das mais lindas que li. Por isso, apesar de estar cansadíssima e quase sem paciência pra Internet, tive que vir aqui rapidinho compartilhar.

Aí vai a tradução - ou talvez uma versão - da minha leitura de hoje. Com certeza vale a pena ler e divulgar!!

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Pratique a presença de Deus

O Senhor seu Deus vai com você; Ele nunca o deixará nem o abandonará. Dt. 31.6

Quando dizemos que queremos nos aproximar de Deus, o que realmente queremos dizer com isso? Em termos reais, como podemos nos aproximar de alguém que já habita em nós e preenche todo o mundo ao nosso redor?

O que realmente queremos saber - precisamos saber - é como nos tornar mais conscientes de Sua presença em nossas vidas.

Aqui vão algumas sugestões:

  • Imagine o Senhor em pé ou sentado próximo a você onde quer que você esteja. De fato, Ele está lá - você não está imaginando-o nenhum pouco, você está reconhecendo sua presença
  • Ele vai onde você vai e vê o que você vê. Uma vez que você percebe que Ele está com você independente de qualquer coisa, você não vai querer ir onde você não deveria.
  • Pare para considerar que Ele está ouvindo cada palavra que você diz e escutando tudo o que é dito para você. Você vai se pegar evitando fofoca, coisas profanas e conversas que não o agradam.
Deus está perto, esteja você consciente de sua presença ou não e se você tiver dado o seu coração a Ele, então Ele está mais que perto - Ele está habitando em você. Determine-se a agradá-lo primeiro em tudo o que você fizer. Honre-o ao resistir às tentações e ficar fora de situações onde Ele não é respeitado ou reconhecido. A vida muda pra melhor quando você entende que Deus é sua Companhia constante.

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Ao fim da leitura, há uma sugestão prática para adquirirmos o hábito de falar com Deus durante o nosso dia como se ele fosse um amigo e estivesse ali ao nosso lado. Engraçado que hoje mesmo eu orei sobre isso. Lembro-me de quando meus pais foram embora e fiquei aqui sem família. Eu até chamava Deus pra almoçar ou pra sentar ao meu lado no ônibus. Coisas pequenas que me aproximaram dEle como nunca antes. E eu quero ser assim de novo.

Espero que tenham gostado desse post com "apud" (hehehehe... isso é porque eu leio aquelas NBRs da ABNT todo santo dia! Gostou, Dedeia???)